quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Grilo
Essa época de chuva tem grilo por tudo que é canto. E parece que eles me perseguem na parte mais insegura do meu dia: a noite. Agora o atípico disso é que eles não fazem barulho, ou se fazem não tô ouvindo. Eu me esforço pra ouvir o mínimo cri cri que seja, mas nada. Eu lembro que barulho de grilo era uma das coisas que mais me pertubava, se eu ouvisse, tinha que matar o pobre do grilo a qualquer custo até conseguir o precioso silêncio pra pensar melhor, dormir melhor e etc... De uns tempos pra cá parece que parou. A última vez que eu ví um grilo foi hoje de manhã, ele tava nadando no balde que apara a água que pinga do meu ar condicionado. ele deve ter passado a noite no meu quarto até ir parar lá e nem um cri cri sequer. Nada...nada pra tirar a minha atenção ou calar a perturbação dos meus pensamentos. Nada pra me fazer ter vontade de perseguir o bichinho até dar uma sandaliada ou bater com qualquer coisa que esteja por perto, porque é assim com esses bichos, a gente nem se interessa com o que vai matar. Mas isso era antes, hoje talvez eu encare o grilo até que ele estridula (rolou google aqui) tudo o que ele conseguir e me faça perder o controle. Qualquer coisa que me livre desse silêncio mega ensurdecedor que veio junto com a temporada de chuva.
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3 comentários:
Aqui em casa não se mata grilo, nem se joga comida fora...mamãe que ensinou. O engraçado, é que agorinha mesmo eles começaram a estridular...
Minha mãe é bem mais radical, e como tu mesmo dizes eu sou a cópia dela.
coitado do grilinho, não pode matar os animais.
Inclusive estamos pensando em virarmos vegetarianos justamente por isso.
Mas seu texto tem muita realidade, é gostoso de ler continue a nos alegrar com seus poemas e crônicas.
beijos
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