Como tem que ser - Parte I

Sem sol, talvez aquele solzinho de fim de tarde aparecesse quando realmente fossem pra ser dias de sol mas esse seria o máximo de sol existente. Os dias seriam brancos, nublados, com chuvas esporádicas mas que não ensopassem a barra da nossa calça quando a gente andasse na rua. Calor seria raro. A sensação que eu tenho nas vezes que eu vou deixar o leão na sua toca deveria ser semi eterna só sendo substituída pela sensação das vezes que a toca é a minha casa. Os vinte e cinco minutos de volta pra casa fazem Belém ainda ter uma chance de ser habitável pra mim. Vinte e cinco minutos que virariam uma hora e vinte e cinco minutos horas antes. As ruas vazias, sem a hipocrisia costumeira só povoada pelos cisnes da madrugada fazendo ponto nas esquinas. E toda a vez que nascesse uma espinha em algum dos dois ela virasse um botão que nos teletransportasse pra qualquer lugar no mundo. Sem ninguém mais, felizes juntos, ê.. felizes mesmo.

of course que continua...